Embrapa Agroenergia
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Respeito ao ser humano e à natureza atrai marca de calçados para o Brasil
A Vert, que hoje produz 4 milhões de calçados por ano, foi atraída para o Brasil pela legislação trabalhista e hoje emprega famílias envolvidas nas associações e cooperativas para o fornecimento de borracha da Amazônia, algodão do Nordeste e couro do Sul do país.
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BNDES adota medidas para conter desmatamento na Amazônia
O BNDES bloqueou o financiamento de quase 60 proprietários rurais envolvidos em atividades irregulares como forma de combater o desmatamento na Amazônia.
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Embrapii e Página 22 irão realizar webinar sobre valor da inovação para o desenvolvimento das Amazônias
No dia 24 de abril, às 10h (horário de Brasília), ocorrerá um webinar sobre "O valor da inovação para o desenvolvimento das Amazônias". O evento, que será organizado pela Embrapii e pela Revista Página 22, será o primeiro de uma série.
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Sete agendas para garantir o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil
Artigo lista sete agendas prioritárias para colocar o Brasil na direção certa e em posição de liderança na corrida climática global.
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Governo realiza consulta pública sobre lançamento do Programa de Bioeconomia e Desenvolvimento Regional
Com o objetivo de promover diálogo com a população sobre a implementação do Programa de Bioeocnomia e Desenvolvimento Regional, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional lançou uma consulta pública sobre o tema.
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Webinário sobre política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos revisitada
O CIBS de Farmanguinhos/Fiocruz, através da Rede de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade, e em parceria com a Abifina e a Abiquifi, estão organizando um webinário sobre a formulação, diretrizes e gestão da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O evento ocorrerá de maneira remota nos dias 29, 30 e 31 de maio.
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Café com Bioeconomia #27: Bioeconomia no setor de cosméticos: oportunidades e desafios
A edição do dia 12 de abril de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Daniela Valverde (Cientista Sênior do Grupo Boticário), Danniel Pinheiro (CEO da Biozer da Amazônia e Cofundador da Simbioze Amazônica), Fabio Brasiliano (Diretor de Meio Ambiente para a Bioeconomia e Clima da ABIHPEC) e Larissa Zonta (Especialista em Pesquisa e Inteligência de Produtos da Boticário). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Débora Way (Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT).
A indústria de cosméticos tem se mostrado uma das mais dinâmicas no desenvolvimento de inovações voltadas a promover diversos aspectos da sustentabilidade. Dessa maneira, Débora destacou que esse dinamismo é impulsionado pela mudança de comportamento do consumidor, que atualmente possui maior engajamento ambiental e social, e clama por produtos naturais, orgânicos, veganos, sem testes em animais, menos agressivos ao meio ambiente, entre outros aspectos. Nesse sentido, alguns aspectos relacionados ao desenvolvimento de novos ingredientes provenientes da biodiversidade brasileira ou da biotecnologia foram abordados com os participantes.
Daniela comentou que é necessário estar atento ao que é seguro para o consumidor e citou, ao longo de sua fala, que alguns silicones foram eliminados dos produtos enxaguáveis do Grupo Boticário. Além disso, já trabalham para que nenhum produto não enxaguável seja produzido após 2023 com este itens. Daniela também mencionou que o grupo tem como estratégia ESG 16 compromissos para o futuro e destacou que o primeiro deles é mapear e solucionar 150% de todo o resíduo sólido gerado pela cadeia de valor da empresa, o que é muito significativo.
Larissa complementou dizendo que a biotecnologia tem muita conexão com sustentabilidade, o que está no DNA do Grupo e exemplificou um projeto de pesquisa para desenvolver fontes de cores (pigmentos e corantes) para produtos cosméticos a partir de processos biotecnológicos. Ressaltou também que o Grupo Boticário olha muito para a inovação aberta para acelerar e estar sempre à frente no desenvolvimento, pois acredita que é importante somar esforços com quem tem o mesmo compromisso, o mesmo desejo.
Danniel falou sobre a dificuldade de chegar no sensorial ideal e destacou que o fornecimento dos ingredientes renováveis ainda é, muitas vezes, pouco estabelecido. Segundo ele, a cadeia produtiva na Amazônia ainda não está estruturada, o que foi prontamente identificado pela Biozer. Dessa maneira, a start-up trabalha diretamente junto às comunidades, eliminando a figura do atravessador, para garantir a rastreabilidade dos seus produtos. Danniel ressaltou também a importância de manter o valor agregado na região por meio do desenvolvimento das cadeias locais. O reaproveitamento de materiais residuais também é foco da Biozer.
Fábio falou sobre a importância dos cosméticos no nosso dia a dia e comentou que os aspectos regulatórios são ainda um desafio. Destacou também que o Brasil é pioneiro em legislação de acesso a patrimônio genético e conhecimento tradicional associado. Segundo ele, a terceirização de etapas do processo produtivo é uma estratégia que empresas de menor porte encontram para operacionalizar sua produção quando não tem, por exemplo, uma área de biotecnologia interna.
O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/
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Climatologista da USP fala sobre o desmatamento da Amazônia
O climatologista Carlos Nobre acredita que a Amazônia ainda não atingiu o "ponto de não retorno" em termos de desmatamento, o que contraria a afirmação de muitos outros cientistas.
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Café com Bioeconomia #29: Energia versus Bioenergia
A edição do dia 10 de maio de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Fábio Teixeira (Pesquisador do laboratório Cenergia), José Vitor Bomtempo (Coordenador do GEBio da Escola de Química da UFRJ) e Mateus Lopes (Diretor global de transição energética e investimentos da Raízen). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Paulo Coutinho (Pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT).
A dinâmica desse evento se diferenciou por almejar a discussão acerca de um artigo publicado na revista MIT Sloan Management Review Brasil: https://www.mitsloanreview.com.br/post/como-os-paises-tropicais-podem-acelerar-seu-protagonismo-na-economia-net. Por esta razão, Fabio deu início ao evento com uma breve apresentação do documento, que descreve como sistemas integrados de produção de alimento e bioenergia podem acelerar a transição para economia net zero. Um dos grandes resultados do trabalho foi demonstrar que a indústria sucroenergética pode ser 10 vezes mais eficiente que a geração de energia fotovoltaica em termos de descarbonização.
Paulo então ressaltou que os sistemas integrados de produção acabam com a dicotomia energia versus alimento. No entanto, destacou a falta de indicadores para comparação com outros tipos de geração de energia. Paulo indagou também a priorização do tema de estocagem de CO2 em detrimento do seu uso para produção de outros produtos. Ademais, salientou que os sistemas integrados consistem em monoculturas e questionou como elas afetariam a biodiversidade.
Fábio discursou sobre economicidade associada à preocupação social e indicou que a produção de biocombustíveis no Brasil gera muitos empregos. Com relação ao questionamento de Paulo sobre monoculturas, Fabio explicou que a produção de proteínas alternativas poderia liberar terras antes ocupadas com pasto e que essas terras poderiam ser usadas para manutenção da biodiversidade.
Mateus cita que o documento chama as biorrefinarias de 2050 de sistemas integrados devido à inclusão da segurança alimentar em sua definição, algo que não era abordado no surgimento do conceito em torno de 2010. Ele concordou com Paulo acerca da utilização do CO2 para a geração de outros produtos, mas ressaltou o grande volume de gás produzido e o atraso em atingir as metas de descarbonização, tornando a estocagem um ponto de grande relevância para a retirada do CO2 da atmosfera.
José Vitor pontuou as características relevantes dos sistemas integrados, como a circularidade, a integração da bioeconomia, a produção de novos produtos, bem como a identificação de novas funções para produtos antigos e a necessidade de P&D, investimento e políticas contínuas. Também foi destacado que o processo vai de encontro à novas formas de integração industrial. José Vitor finalizou destacando oportunidades envolvendo outras culturas, como milho e soja, bem como o uso de florestas.
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Lançamento de edital Sinapse Bio para apoiar ideias inovadoras na Amazônia
Será lançado hoje, 19/05/2023, um edital para apoiar até 70 ideias inovadoras na Amazônia. Serão disponibilizados até R$ 4,9 milhões.
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Café com Bioeconomia #30: Um olhar sobre a produção de moléculas na bioeconomia
A edição do dia 24 de maio de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Daniela Trivella (Coordenadora da plataforma de Descoberta de Fármacos do LNBio, do CNPEM), Lígia Macedo (Pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da UFMS e Coordenadora geral do Agrotec) e Lucio Freitas Junior (Gerente de projetos da CEINFAR, da USP). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Reinaldo Lucena (Diretor da Agrotec – Bioeconomia no Agronegócio).
Reinaldo questionou os participantes sobre o cenário atual e sobre as perspectivas de uso da biodiversidade na descoberta de novos fármacos. Além disso, ao abordar os bancos de moléculas, destacou que a maior biblioteca que temos atualmente, a de conhecimento tradicional dos povos originários, ainda é muito pouco explorada. Reinaldo abordou ainda a importância da criação da Rede MCTI/Embrapii de Bioeconomia e indicou a necessidade de se formar profissionais voltados à indústria para que haja futuramente maior estímulo à criação e manutenção de centros de PD&I dentro das empresas.
Daniela ressaltou que a biodiversidade e a quimiodiversidade são peças-chave para a descoberta de novos fármacos, mas que o Brasil ainda não é suficientemente ativo nesse aspecto. Somente nos últimos 10 anos o país começou a investir mais expressivamente em inovação radical na área. Segundo ela, a Embrapii é um dos principais motivos para esse desenvolvimento já que, antes, os financiamentos disponíveis não eram compatíveis com os prazos e investimentos requeridos para as pesquisas farmacêuticas. Daniela destacou ainda a importância de elaborar bibliotecas formatadas e padronizadas para atrair ainda mais empresas para os centros de P&D.
Lígia comentou sobre a dificuldade de levar os produtos ao mercado e sobre a necessidade de sair do ostracismo. Para ela, os grandes centros de pesquisa precisam mostrar que possuem a capacidade para resolver os problemas da indústria e, com isso, expandir desenvolvimentos para além do laboratório. Lígia destacou ainda a criação de uma biblioteca de peptídeos, os quais são quase completamente advindos da biodiversidade.
Lucio informou que a indústria farmacêutica sempre explorou mais a química sintética, deixando a biodiversidade em segundo plano devido à maior complexidade. No entanto, isso começou a mudar nos últimos anos. Nesse sentido, Lucio discursou sobre a importância da Rede MCTI/Embrapii de Bioeconomia na criação de novas oportunidades. Ele destacou também que, no Brasil, o conhecimento é gerado para a publicação de artigos, o que precisa ser mudado, para avançarmos no desenvolvimento de novos fármacos.
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ABIHPEC organiza webinar sobre bioeconomia no setor de HPPC
A ABIHPEC irá promover um webinar no dia 20 de junho de 2023 sobre oportunidades e desafios da bioeconomia no setor de HPPC.
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Café com Bioeconomia #31: Oportunidades e desafios da bioeconomia na indústria farmacêutica
A edição do dia 7 de junho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Cristina Ropke (Diretora de inovação da Centroflora), Julino Rodrigues (Consultor de inteligência de mercado da ABIQUIFI) e Mário Frota Júnior (Sócio-fundador e diretor-presidente da Regenera Moléculas do Mar). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Eamim Squizani (Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT).
Eamim solicitou aos participantes que tecessem comentários sobre a percepção de cada um acerca do investimento em P&D pela indústria farmacêutica nos últimos anos. Ela ressaltou a necessidade de inovar de maneira contínua, especialmente hoje no contexto em que os produtos não costumam ficar no auge por muito tempo. As oportunidades de fomento e o engajamento do setor industrial foram pontos recorrentes ao longo da discussão.
Cristina observou que nos últimos 3 anos houve mudança significativa no setor farmacêutico, pois as empresas estão investindo mais nos projetos de maior risco. Ela acredita que isso possa ser devido às oportunidades de fomento, que evoluíram e atualmente auxiliam nas parcerias para inovação, mas também porque há perspectiva de que os medicamentos genéricos deixem de ser tão interessantes no futuro. Cristina também comentou sobre a importância da legislação de acesso a patrimônio genético e sua missão de encontrar modelos econômicos maduros que beneficiem a todos.
Julino frisou que as ações de engajamento das empresas precisam ser contínuas e que é necessário agir com responsabilidade, pois tudo deixa marcas que irão refletir nas comunidades e nas políticas públicas. Ele também comentou que há muitas políticas que não olham para toda a cadeia e acabam por não conectar todas as etapas. Para resolver essa questão ele sugeriu conversas com as empresas e associações. Julino explicou ainda que considera importante que haja regulações mais ajustadas às empresas que investem em bioeconomia, de maneira que a discussão precisa ser levada ao governo.
Mário comentou sobre a grande cobrança para que os projetos deem resultados rápido e sobre o momento em que percebeu que a Regenera não poderia ser somente focada em fármacos devido à complexidade e morosidade dos desenvolvimentos. Nesse sentido, completou dizendo que o Brasil precisa melhorar o arcabouço regulatório e tributário de maneira a beneficiar quem está trabalhando com bioeconomia. Para ele, a inovação é na maioria das vezes incremental e não disruptiva, pois os empresários não querem comprar o risco. No entanto, assim como Cristina, Mário também percebeu movimento de aumento nos investimentos. Ele acredita que a edição gênica irá despontar como tendência para geração de moléculas e para o setor agro.
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Hidrogênio verde pode ser segredo para zerar emissões na siderugia
A substituição do carvão pelo hidrogênio verde pode fazer com que a indústria de aço cumpra com as metas globais de emissões de gases até 2040.
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Roadmap de créditos de biodiversidade é lançado para mobilizar financiamento global da natureza
Secretário de Meio Ambiente e Ministro de Estado francês lançaram em junho de 2023 um roadmap com objetivo de mobilizar o financiamento global da recuperação da natureza.
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Evento discute propostas para superar desafios acerca do desenvolvimento sustentável da Amazõnia
Especialistas discutiram desenvolvimento sustentável da Amazônia em evento que está disponível no Youtube.
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Beneficiamento do latex toma novos rumos nas mãos de mulheres no Pará
Comunidade ribeirinha no Pará deixa de ser fornecedora de látex e passa a beneficiar o material, produzindo bolsas e roupas com couro ecológico além de biojóias. A máquina que automatizou o beneficiamento vem trazendo muitos beneficios à localidade.
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Café com Bioeconomia #32: O cooperativismo na construção da bioeconomia dos biomas
A edição do dia 21 de junho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Eduardo Rocha (Consultor, facilitador e Gerente de Engajamento da Plataforma PPA), Marcelo Fukunaga (Diretor executivo da Coopafasb) e Valdivino Araújo (Sócio-fundador da Coopes). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por José Vitor Bomtempo (Coordenador do GEBio da Escola de Química da UFRJ).
José Vitor iniciou relembrando uma série de seis episódios do Café com Bioeconomia sobre os diferentes biomas brasileiros e destacando que no Café de cooperativas o olhar seria inter-biomas. Ao longo do evento os participantes foram questionados sobre os desafios para o desenvolvimento das cadeias representadas por cada um e provocados a refletir sobre como seria a atuação de suas respectivas instituições se estivessem inseridas em outros biomas. A presença de mulheres e jovens nas cooperativas também foi tema da discussão.
Eduardo apontou que na Amazônia há muitas questões estruturantes como fatores limitantes, seja na questão logística, de acesso ou comunicação. Então, segundo ele, torna-se muito importante produzir as coisas localmente e fortalecer quem está na base por meio do ato cooperativo. Para Eduardo, as mulheres na Amazônia são as grandes responsáveis pela detenção e transmissão do conhecimento local, além de estarem envolvidas na etapa de produção e em outros processos essenciais. Sobre a permanência do jovem nas comunidades, ele destacou que a PPA procura fortalecer modelos de governança participativos em que estejam presentes mulheres, idosos e jovens.
Marcelo explicou que a Mata Atlântica é muito rica em frutas nativas nutritivas pouco conhecidas. Um exemplo é o fruto da juçara, que no estado de São Paulo quase foi extinto por causa da extração do palmito. A Coopafasb realizou trabalho de criação de cadeia de valor do fruto preservando o meio ambiente e empregando o sistema de cooperação. Marcelo comentou que no âmbito da pesquisa, especialmente falando de agroecologia, faltam estudos, e que na extensão rural faltam políticas públicas para auxiliar no desenvolvimento, embora perceba que com boa articulação e atuação em rede, essas políticas começam a ser construídas.
Valdivino, que representou a Caatinga com a Coopes, e tem como carro-chefe o licuri, indicou que pouco mais de 80% da organização é composta por mulheres, inclusive em cargo de diretoria. Além disso, esclareceu que desde o início da cooperativa a presença de parceiros estratégicos foi o que viabilizou o desenvolvimento da cadeia, até mesmo colocando o licuri no ramo farmacêutico. Ele destacou também, que independente do bioma, realizar o desenvolvimento econômico garantindo a preservação da espécie e da cultura do povo, e inserindo as famílias de baixa renda das comunidades tradicionais é sempre um desafio. Valdivino finalizou salientando que as trocas de experiências e parcerias são muito enriquecedoras e estimulando os participantes a fazerem intercâmbio para conhecerem as realidades de outras cooperativas.
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Café com Bioeconomia #33: Oportunidades e desafios da bioeconomia na indústria de embalagens
A edição do dia 5 de julho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu André Badaró (Gerente de desenvolvimento de mercado da Klabin), José Alexandre Simão (Pesquisador líder de projetos de inovação da UNIPAC) e Stelvio Mazza (CEO da Já Fui Mandioca!). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Manoel Lisboa Neto (Diretor da Plasticxperience).
Manoel abordou a competitividade brasileira em relação a outros países, além dos principais trade-offs entre uso de materiais biodegradáveis e renováveis e a disponibilidade de recursos naturais para a produção de embalagens em grande escala. Ele lembrou ainda que, há cerca de 20 anos, o Brasil não tinha agenda de sustentabilidade tão forte e indagou se o cenário atual possui a capacidade de fomentar a bioeconomia.
Para André, o que impulsiona a bioeconomia é o mercado e, nesse sentido, é necessário haver mais conscientização da população para que os valores dos produtos, que muitas vezes não são competitivos com os de origem fóssil, possuam maior aceitação. Para ele, é papel da indústria otimizar os processos para melhorar desempenho e reduzir custos, mas o governo pode auxiliar na sensibilização da população quanto aos impactos ambientais daquilo que consome. André comentou também que a Klabin vem estudando o uso de nanotecnologia para aprimorar propriedades de barreira do papel.
José Alexandre acredita ser necessário migrar do modelo de economia linear para circular. Ele destacou a grande complexidade social existente no Brasil, que configura um obstáculo para impulsionar o mercado, e citou o uso de ferramentas de análise de ciclo de vida como indicador do desempenho ambiental dos produtos. José falou ainda sobre como o conceito de biorrefinarias chegou para romper com o receio de competição com alimentos a partir do aproveitamento integral da biomassa.
Stelvio, por sua vez, abordou a dificuldade da Já Fui Mandioca em competir com o mercado de plásticos, devido aos desafios adicionais inerentes ao uso de materiais naturais e ao fato de não haver ainda ecossistemas desenvolvidos para os produtos. Ele acredita que o Brasil está atrasado tanto no uso de matérias-primas quanto na etapa de transformação de embalagens renováveis, pois o país possui dificuldades em seu ambiente de negócios, o que gera empecilhos também à inovação.
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Produção de biocombustível a partir de tamarindo é tema de pesquisa do Cetep
Polpa de tamarindo fermentada é utilizada na produção de etanol pelo Cetep.
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