Café com Bioeconomia #25: Oportunidades e desafios da bioeconomia da indústria de polímeros

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Café com Bioeconomia #25: Oportunidades e desafios da bioeconomia da indústria de polímeros

A edição do dia 15 de março de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu José Carlos Pinto (Professor do Programa de Engenharia Química da COPPE), Luan Campos (Diretor de P&D da Polimex Bioplásticos) e Roberto Werneck (Especialista em open innovation da Braskem). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Paulo Coutinho – Pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT.

 A demanda por polímeros sustentáveis tem crescido de forma exacerbada. Por conta disso, Paulo destacou a relevância de ter presentes no evento representantes da Braskem (grande empresa do segmento), da Polimex (pequena empresa), e da COPPE (universidade). Ao longo do Café, os participantes foram provocados a responder questões acerca de estratégias, soluções drop-in e não drop-in, desenvolvimento de aplicações, novos produtos, entre outros.

Roberto falou sobre o polietileno (PE) verde da Braskem, que, segundo ele, é praticamente a nova cara da empresa, por ser hoje o produto-chave do portfólio. A visão inicial era de que o PE verde seria como o de origem fóssil, mas com a vantagem de capturar 3 tCO2eq/t de plástico. No entanto, o que perceberam foi que a versão verde se tornou outro produto. Roberto destacou também que, após muito estudo, a Braskem conseguiu chegar a uma rota de produção de polipropileno verde a partir de etanol que é economicamente competitiva. No momento, estão avaliando a implantação da tecnologia.

 Luan indicou que a educação empreendedora fez a diferença para a Polimex, que sempre se preocupou em ouvir as dores da indústria antes de propor seus produtos. A empresa hoje tem como principal produto o Plástico Natural Biodegradável (PNB), que é produzido a partir de residuais do açaí e da indústria cervejeira. Outras biomassas que são alvo da empresa são o café e o bambu.

José Carlos ressaltou que ser bio não é sinônimo de ser bom para o ambiente, e lembrou que é necessário olhar para os balanços e buscar produtos que tenham as propriedades corretas para cada aplicação. As iniciativas da academia de novos materiais, segundo ele são infindáveis e incluem produtos derivados do glicerol, etanol, ácido succínico, ácido levulínico, celulose, lignina, entre outros. O que impede o avanço é que muitas vezes não são avaliadas questões como disponibilidade, produtividade, propriedades e preço. O professor destacou também que a universidade depende de parcerias com grandes empresas para desenvolver os produtos e, que nesse sentido, falta no Brasil mapear prioridades para criar políticas científicas capazes de viabilizar processos, bem como ações empreendedoras.

O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a bioeconomia. Para receber a agenda e participar, inscreva-se em:  https://portaldebioeconomia.com/ 

Para ouvir esse e outros Cafés, acesse o Spotify Café com Bioeconomia.

A edição do dia 15 de março de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu José Carlos Pinto (Professor do Programa de Engenharia Química da COPPE), Luan Campos (Diretor de P&D da Polimex Bioplásticos) e Roberto Werneck (Especialista em open innovation da Braskem). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Paulo Coutinho – Pesquisador-chefe do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT.

 A demanda por polímeros sustentáveis tem crescido de forma exacerbada. Por conta disso, Paulo destacou a relevância de ter presentes no evento representantes da Braskem (grande empresa do segmento), da Polimex (pequena empresa), e da COPPE (universidade). Ao longo do Café, os participantes foram provocados a responder questões acerca de estratégias, soluções drop-in e não drop-in, desenvolvimento de aplicações, novos produtos, entre outros.

Roberto falou sobre o polietileno (PE) verde da Braskem, que, segundo ele, é praticamente a nova cara da empresa, por ser hoje o produto-chave do portfólio. A visão inicial era de que o PE verde seria como o de origem fóssil, mas com a vantagem de capturar 3 tCO2eq/t de plástico. No entanto, o que perceberam foi que a versão verde se tornou outro produto. Roberto destacou também que, após muito estudo, a Braskem conseguiu chegar a uma rota de produção de polipropileno verde a partir de etanol que é economicamente competitiva. No momento, estão avaliando a implantação da tecnologia.

 Luan indicou que a educação empreendedora fez a diferença para a Polimex, que sempre se preocupou em ouvir as dores da indústria antes de propor seus produtos. A empresa hoje tem como principal produto o Plástico Natural Biodegradável (PNB), que é produzido a partir de residuais do açaí e da indústria cervejeira. Outras biomassas que são alvo da empresa são o café e o bambu.

José Carlos ressaltou que ser bio não é sinônimo de ser bom para o ambiente, e lembrou que é necessário olhar para os balanços e buscar produtos que tenham as propriedades corretas para cada aplicação. As iniciativas da academia de novos materiais, segundo ele são infindáveis e incluem produtos derivados do glicerol, etanol, ácido succínico, ácido levulínico, celulose, lignina, entre outros. O que impede o avanço é que muitas vezes não são avaliadas questões como disponibilidade, produtividade, propriedades e preço. O professor destacou também que a universidade depende de parcerias com grandes empresas para desenvolver os produtos e, que nesse sentido, falta no Brasil mapear prioridades para criar políticas científicas capazes de viabilizar processos, bem como ações empreendedoras.

O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a bioeconomia. Para receber a agenda e participar, inscreva-se em:  https://portaldebioeconomia.com/ 

Para ouvir esse e outros Cafés, acesse o Spotify Café com Bioeconomia.

17/03/2023 | 0 comentários
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Publicado por Portal de Bioeconomia
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