Café com Bioeconomia #41 – Prospectando alternativas proteicas sustentáveis para o futuro

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Café com Bioeconomia #41 – Prospectando alternativas proteicas sustentáveis para o futuro

A edição do dia 25 de outubro de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Anna Paola Pierucci (Coordenadora de Relações Internacionais do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ), Cristiana Ambiel (Gerente de Ciência e Tecnologia do The Good Food Institute) e Ricardo Laurino (Presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Fernanda Cardoso (Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras).


Fernanda iniciou o debate solicitando aos convidados que indicassem as principais oportunidades e desafios ligados à produção de proteínas alternativas no Brasil em termos tecnológicos, geográficos e culturais. Além disso, as tendências de mercado da área e vantagens nutricionais também foram tema da discussão.


Anna Paola destacou que ao abordar as proteínas alternativas devem ser consideradas questões que vão desde a produção no campo até a mesa do consumidor. Ela citou oportunidades relacionadas à obtenção de ingredientes a partir da biodiversidade brasileira e de coprodutos que atualmente não são aproveitados. Em termos de desafios, foram citados a logística de distribuição dos alimentos, a oferta constante das matérias-primas, a escala de produção, e a necessidade de mudanças de hábitos dos grandes produtores, que possuem cadeias produtivas voltadas para produtos de origem animal. Anna Paola pontuou ainda que estudos mais recentes indicam que as proteínas vegetais promovem maior biodiversidade da microbiota intestinal e, consequentemente, impactam na redução do risco de determinadas doenças.


Cristiana ressaltou que por muito tempo o mercado priorizou matrizes de origem animal como fontes de proteínas na dieta, mas que atualmente são vislumbradas outras fontes proteicas e de nutrientes para a alimentação. Nesse contexto, para ela o grande desafio é tornar os produtos acessíveis, além de melhorar aspectos sensoriais para que tenham maior aceitação pela população. Cristiana explicou que a fonte de proteína mais promissora no Brasil é a do feijão, mas pontuou que os produtos derivados de processos fermentativos são uma tendência, e que também existe a possibilidade de utilização de microrganismos como fontes proteicas em formulações alimentícias.


Ricardo indicou que por ser um mercado recente, é natural que existam desafios a serem vencidos em termos de regulamentações e desenvolvimento da cadeia produtiva. Pesquisas internas da SVB indicaram que produtos com o selo vegano dão mais segurança ao consumidor. Ricardo explicou ainda que as empresas tendem a desenvolver produtos com características semelhantes aos produtos comerciais já existentes, mas que há um leque de possibilidades na criação produtos plant-based com experiências sensoriais que surpreendam o consumidor. Ele citou como tendência de longo prazo a criação de equipamentos domésticos, como impressoras 3D, que possibilitem à população formular o produto em suas residências.


O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/


Quer ouvir este e outros Cafés? Estamos no Spotify em Café com Bioeconomia.

A edição do dia 25 de outubro de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Anna Paola Pierucci (Coordenadora de Relações Internacionais do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ), Cristiana Ambiel (Gerente de Ciência e Tecnologia do The Good Food Institute) e Ricardo Laurino (Presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Fernanda Cardoso (Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras).


Fernanda iniciou o debate solicitando aos convidados que indicassem as principais oportunidades e desafios ligados à produção de proteínas alternativas no Brasil em termos tecnológicos, geográficos e culturais. Além disso, as tendências de mercado da área e vantagens nutricionais também foram tema da discussão.


Anna Paola destacou que ao abordar as proteínas alternativas devem ser consideradas questões que vão desde a produção no campo até a mesa do consumidor. Ela citou oportunidades relacionadas à obtenção de ingredientes a partir da biodiversidade brasileira e de coprodutos que atualmente não são aproveitados. Em termos de desafios, foram citados a logística de distribuição dos alimentos, a oferta constante das matérias-primas, a escala de produção, e a necessidade de mudanças de hábitos dos grandes produtores, que possuem cadeias produtivas voltadas para produtos de origem animal. Anna Paola pontuou ainda que estudos mais recentes indicam que as proteínas vegetais promovem maior biodiversidade da microbiota intestinal e, consequentemente, impactam na redução do risco de determinadas doenças.


Cristiana ressaltou que por muito tempo o mercado priorizou matrizes de origem animal como fontes de proteínas na dieta, mas que atualmente são vislumbradas outras fontes proteicas e de nutrientes para a alimentação. Nesse contexto, para ela o grande desafio é tornar os produtos acessíveis, além de melhorar aspectos sensoriais para que tenham maior aceitação pela população. Cristiana explicou que a fonte de proteína mais promissora no Brasil é a do feijão, mas pontuou que os produtos derivados de processos fermentativos são uma tendência, e que também existe a possibilidade de utilização de microrganismos como fontes proteicas em formulações alimentícias.


Ricardo indicou que por ser um mercado recente, é natural que existam desafios a serem vencidos em termos de regulamentações e desenvolvimento da cadeia produtiva. Pesquisas internas da SVB indicaram que produtos com o selo vegano dão mais segurança ao consumidor. Ricardo explicou ainda que as empresas tendem a desenvolver produtos com características semelhantes aos produtos comerciais já existentes, mas que há um leque de possibilidades na criação produtos plant-based com experiências sensoriais que surpreendam o consumidor. Ele citou como tendência de longo prazo a criação de equipamentos domésticos, como impressoras 3D, que possibilitem à população formular o produto em suas residências.


O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/


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22/02/2024 | 0 comentários
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Publicado por Portal de Bioeconomia
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