Café com Bioeconomia #27: Bioeconomia no setor de cosméticos: oportunidades e desafios

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Café com Bioeconomia #27: Bioeconomia no setor de cosméticos: oportunidades e desafios

A edição do dia 12 de abril de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Daniela Valverde (Cientista Sênior do Grupo Boticário), Danniel Pinheiro (CEO da Biozer da Amazônia e Cofundador da Simbioze Amazônica), Fabio Brasiliano (Diretor de Meio Ambiente para a Bioeconomia e Clima da ABIHPEC) e Larissa Zonta (Especialista em Pesquisa e Inteligência de Produtos da Boticário). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Débora Way (Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT).

A indústria de cosméticos tem se mostrado uma das mais dinâmicas no desenvolvimento de inovações voltadas a promover diversos aspectos da sustentabilidade. Dessa maneira, Débora destacou que esse dinamismo é impulsionado pela mudança de comportamento do consumidor, que atualmente possui maior engajamento ambiental e social, e clama por produtos naturais, orgânicos, veganos, sem testes em animais, menos agressivos ao meio ambiente, entre outros aspectos. Nesse sentido, alguns aspectos relacionados ao desenvolvimento de novos ingredientes provenientes da biodiversidade brasileira ou da biotecnologia foram abordados com os participantes.

Daniela comentou que é necessário estar atento ao que é seguro para o consumidor e citou, ao longo de sua fala, que alguns silicones foram eliminados dos produtos enxaguáveis do Grupo Boticário. Além disso, já trabalham para que nenhum produto não enxaguável seja produzido após 2023 com este itens. Daniela também mencionou que o grupo tem como estratégia ESG 16 compromissos para o futuro e destacou que o primeiro deles é mapear e solucionar 150% de todo o resíduo sólido gerado pela cadeia de valor da empresa, o que é muito significativo.

Larissa complementou dizendo que a biotecnologia tem muita conexão com sustentabilidade, o que está no DNA do Grupo e exemplificou um projeto de pesquisa para desenvolver fontes de cores (pigmentos e corantes) para produtos cosméticos a partir de processos biotecnológicos. Ressaltou também que o Grupo Boticário olha muito para a inovação aberta para acelerar e estar sempre à frente no desenvolvimento, pois acredita que é importante somar esforços com quem tem o mesmo compromisso, o mesmo desejo.

Danniel falou sobre a dificuldade de chegar no sensorial ideal e destacou que o fornecimento dos ingredientes renováveis ainda é, muitas vezes, pouco estabelecido. Segundo ele, a cadeia produtiva na Amazônia ainda não está estruturada, o que foi prontamente identificado pela Biozer. Dessa maneira, a start-up trabalha diretamente junto às comunidades, eliminando a figura do atravessador, para garantir a rastreabilidade dos seus produtos. Danniel ressaltou também a importância de manter o valor agregado na região por meio do desenvolvimento das cadeias locais.  O reaproveitamento de materiais residuais também é foco da Biozer.

Fábio falou sobre a importância dos cosméticos no nosso dia a dia e comentou que os aspectos regulatórios são ainda um desafio. Destacou também que o Brasil é pioneiro em legislação de acesso a patrimônio genético e conhecimento tradicional associado. Segundo ele, a terceirização de etapas do processo produtivo é uma estratégia que empresas de menor porte encontram para operacionalizar sua produção quando não tem, por exemplo, uma área de biotecnologia interna.

O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/ 

Quer ouvir este e outros Cafés? Estamos no Spotify em Café com Bioeconomia.
 

A edição do dia 12 de abril de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Daniela Valverde (Cientista Sênior do Grupo Boticário), Danniel Pinheiro (CEO da Biozer da Amazônia e Cofundador da Simbioze Amazônica), Fabio Brasiliano (Diretor de Meio Ambiente para a Bioeconomia e Clima da ABIHPEC) e Larissa Zonta (Especialista em Pesquisa e Inteligência de Produtos da Boticário). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Débora Way (Pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT).

A indústria de cosméticos tem se mostrado uma das mais dinâmicas no desenvolvimento de inovações voltadas a promover diversos aspectos da sustentabilidade. Dessa maneira, Débora destacou que esse dinamismo é impulsionado pela mudança de comportamento do consumidor, que atualmente possui maior engajamento ambiental e social, e clama por produtos naturais, orgânicos, veganos, sem testes em animais, menos agressivos ao meio ambiente, entre outros aspectos. Nesse sentido, alguns aspectos relacionados ao desenvolvimento de novos ingredientes provenientes da biodiversidade brasileira ou da biotecnologia foram abordados com os participantes.

Daniela comentou que é necessário estar atento ao que é seguro para o consumidor e citou, ao longo de sua fala, que alguns silicones foram eliminados dos produtos enxaguáveis do Grupo Boticário. Além disso, já trabalham para que nenhum produto não enxaguável seja produzido após 2023 com este itens. Daniela também mencionou que o grupo tem como estratégia ESG 16 compromissos para o futuro e destacou que o primeiro deles é mapear e solucionar 150% de todo o resíduo sólido gerado pela cadeia de valor da empresa, o que é muito significativo.

Larissa complementou dizendo que a biotecnologia tem muita conexão com sustentabilidade, o que está no DNA do Grupo e exemplificou um projeto de pesquisa para desenvolver fontes de cores (pigmentos e corantes) para produtos cosméticos a partir de processos biotecnológicos. Ressaltou também que o Grupo Boticário olha muito para a inovação aberta para acelerar e estar sempre à frente no desenvolvimento, pois acredita que é importante somar esforços com quem tem o mesmo compromisso, o mesmo desejo.

Danniel falou sobre a dificuldade de chegar no sensorial ideal e destacou que o fornecimento dos ingredientes renováveis ainda é, muitas vezes, pouco estabelecido. Segundo ele, a cadeia produtiva na Amazônia ainda não está estruturada, o que foi prontamente identificado pela Biozer. Dessa maneira, a start-up trabalha diretamente junto às comunidades, eliminando a figura do atravessador, para garantir a rastreabilidade dos seus produtos. Danniel ressaltou também a importância de manter o valor agregado na região por meio do desenvolvimento das cadeias locais.  O reaproveitamento de materiais residuais também é foco da Biozer.

Fábio falou sobre a importância dos cosméticos no nosso dia a dia e comentou que os aspectos regulatórios são ainda um desafio. Destacou também que o Brasil é pioneiro em legislação de acesso a patrimônio genético e conhecimento tradicional associado. Segundo ele, a terceirização de etapas do processo produtivo é uma estratégia que empresas de menor porte encontram para operacionalizar sua produção quando não tem, por exemplo, uma área de biotecnologia interna.

O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/ 

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08/05/2023 | 0 comentários
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Publicado por Portal de Bioeconomia
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