Café com Bioeconomia #32: O cooperativismo na construção da bioeconomia dos biomas

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Café com Bioeconomia #32: O cooperativismo na construção da bioeconomia dos biomas

A edição do dia 21 de junho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Eduardo Rocha (Consultor, facilitador e Gerente de Engajamento da Plataforma PPA), Marcelo Fukunaga (Diretor executivo da Coopafasb) e Valdivino Araújo (Sócio-fundador da Coopes). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por José Vitor Bomtempo (Coordenador do GEBio da Escola de Química da UFRJ).


José Vitor iniciou relembrando uma série de seis episódios do Café com Bioeconomia sobre os diferentes biomas brasileiros e destacando que no Café de cooperativas o olhar seria inter-biomas. Ao longo do evento os participantes foram questionados sobre os desafios para o desenvolvimento das cadeias representadas por cada um e provocados a refletir sobre como seria a atuação de suas respectivas instituições se estivessem inseridas em outros biomas. A presença de mulheres e jovens nas cooperativas também foi tema da discussão.


Eduardo apontou que na Amazônia há muitas questões estruturantes como fatores limitantes, seja na questão logística, de acesso ou comunicação. Então, segundo ele, torna-se muito importante produzir as coisas localmente e fortalecer quem está na base por meio do ato cooperativo. Para Eduardo, as mulheres na Amazônia são as grandes responsáveis pela detenção e transmissão do conhecimento local, além de estarem envolvidas na etapa de produção e em outros processos essenciais. Sobre a permanência do jovem nas comunidades, ele destacou que a PPA procura fortalecer modelos de governança participativos em que estejam presentes mulheres, idosos e jovens. 


Marcelo explicou que a Mata Atlântica é muito rica em frutas nativas nutritivas pouco conhecidas. Um exemplo é o fruto da juçara, que no estado de São Paulo quase foi extinto por causa da extração do palmito. A Coopafasb realizou trabalho de criação de cadeia de valor do fruto preservando o meio ambiente e empregando o sistema de cooperação. Marcelo comentou que no âmbito da pesquisa, especialmente falando de agroecologia, faltam estudos, e que na extensão rural faltam políticas públicas para auxiliar no desenvolvimento, embora perceba que com boa articulação e atuação em rede, essas políticas começam a ser construídas. 


Valdivino, que representou a Caatinga com a Coopes, e tem como carro-chefe o licuri, indicou que pouco mais de 80% da organização é composta por mulheres, inclusive em cargo de diretoria. Além disso, esclareceu que desde o início da cooperativa a presença de parceiros estratégicos foi o que viabilizou o desenvolvimento da cadeia, até mesmo colocando o licuri no ramo farmacêutico. Ele destacou também, que independente do bioma, realizar o desenvolvimento econômico garantindo a preservação da espécie e da cultura do povo, e inserindo as famílias de baixa renda das comunidades tradicionais é sempre um desafio. Valdivino finalizou salientando que as trocas de experiências e parcerias são muito enriquecedoras e estimulando os participantes a fazerem intercâmbio para conhecerem as realidades de outras cooperativas.


O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/


Quer ouvir este e outros Cafés? Estamos no Spotify em Café com Bioeconomia.

A edição do dia 21 de junho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu Eduardo Rocha (Consultor, facilitador e Gerente de Engajamento da Plataforma PPA), Marcelo Fukunaga (Diretor executivo da Coopafasb) e Valdivino Araújo (Sócio-fundador da Coopes). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por José Vitor Bomtempo (Coordenador do GEBio da Escola de Química da UFRJ).


José Vitor iniciou relembrando uma série de seis episódios do Café com Bioeconomia sobre os diferentes biomas brasileiros e destacando que no Café de cooperativas o olhar seria inter-biomas. Ao longo do evento os participantes foram questionados sobre os desafios para o desenvolvimento das cadeias representadas por cada um e provocados a refletir sobre como seria a atuação de suas respectivas instituições se estivessem inseridas em outros biomas. A presença de mulheres e jovens nas cooperativas também foi tema da discussão.


Eduardo apontou que na Amazônia há muitas questões estruturantes como fatores limitantes, seja na questão logística, de acesso ou comunicação. Então, segundo ele, torna-se muito importante produzir as coisas localmente e fortalecer quem está na base por meio do ato cooperativo. Para Eduardo, as mulheres na Amazônia são as grandes responsáveis pela detenção e transmissão do conhecimento local, além de estarem envolvidas na etapa de produção e em outros processos essenciais. Sobre a permanência do jovem nas comunidades, ele destacou que a PPA procura fortalecer modelos de governança participativos em que estejam presentes mulheres, idosos e jovens. 


Marcelo explicou que a Mata Atlântica é muito rica em frutas nativas nutritivas pouco conhecidas. Um exemplo é o fruto da juçara, que no estado de São Paulo quase foi extinto por causa da extração do palmito. A Coopafasb realizou trabalho de criação de cadeia de valor do fruto preservando o meio ambiente e empregando o sistema de cooperação. Marcelo comentou que no âmbito da pesquisa, especialmente falando de agroecologia, faltam estudos, e que na extensão rural faltam políticas públicas para auxiliar no desenvolvimento, embora perceba que com boa articulação e atuação em rede, essas políticas começam a ser construídas. 


Valdivino, que representou a Caatinga com a Coopes, e tem como carro-chefe o licuri, indicou que pouco mais de 80% da organização é composta por mulheres, inclusive em cargo de diretoria. Além disso, esclareceu que desde o início da cooperativa a presença de parceiros estratégicos foi o que viabilizou o desenvolvimento da cadeia, até mesmo colocando o licuri no ramo farmacêutico. Ele destacou também, que independente do bioma, realizar o desenvolvimento econômico garantindo a preservação da espécie e da cultura do povo, e inserindo as famílias de baixa renda das comunidades tradicionais é sempre um desafio. Valdivino finalizou salientando que as trocas de experiências e parcerias são muito enriquecedoras e estimulando os participantes a fazerem intercâmbio para conhecerem as realidades de outras cooperativas.


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12/07/2023 | 0 comentários
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Publicado por Portal de Bioeconomia
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