Café com Bioeconomia #33: Oportunidades e desafios da bioeconomia na indústria de embalagens

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Café com Bioeconomia #33: Oportunidades e desafios da bioeconomia na indústria de embalagens

A edição do dia 5 de julho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu André Badaró (Gerente de desenvolvimento de mercado da Klabin), José Alexandre Simão (Pesquisador líder de projetos de inovação da UNIPAC) e Stelvio Mazza (CEO da Já Fui Mandioca!). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Manoel Lisboa Neto (Diretor da Plasticxperience).

Manoel abordou a competitividade brasileira em relação a outros países, além dos principais trade-offs entre uso de materiais biodegradáveis e renováveis e a disponibilidade de recursos naturais para a produção de embalagens em grande escala. Ele lembrou ainda que, há cerca de 20 anos, o Brasil não tinha agenda de sustentabilidade tão forte e indagou se o cenário atual possui a capacidade de fomentar a bioeconomia.

Para André, o que impulsiona a bioeconomia é o mercado e, nesse sentido, é necessário haver mais conscientização da população para que os valores dos produtos, que muitas vezes não são competitivos com os de origem fóssil, possuam maior aceitação. Para ele, é papel da indústria otimizar os processos para melhorar desempenho e reduzir custos, mas o governo pode auxiliar na sensibilização da população quanto aos impactos ambientais daquilo que consome. André comentou também que a Klabin vem estudando o uso de nanotecnologia para aprimorar propriedades de barreira do papel.

José Alexandre acredita ser necessário migrar do modelo de economia linear para circular. Ele destacou a grande complexidade social existente no Brasil, que configura um obstáculo para impulsionar o mercado, e citou o uso de ferramentas de análise de ciclo de vida como indicador do desempenho ambiental dos produtos. José falou ainda sobre como o conceito de biorrefinarias chegou para romper com o receio de competição com alimentos a partir do aproveitamento integral da biomassa.

Stelvio, por sua vez, abordou a dificuldade da Já Fui Mandioca em competir com o mercado de plásticos, devido aos desafios adicionais inerentes ao uso de materiais naturais e ao fato de não haver ainda ecossistemas desenvolvidos para os produtos. Ele acredita que o Brasil está atrasado tanto no uso de matérias-primas quanto na etapa de transformação de embalagens renováveis, pois o país possui dificuldades em seu ambiente de negócios, o que gera empecilhos também à inovação.

O Café com Bioeconomia é um evento quinzenal, on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/ 
Quer ouvir este e outros Cafés? Estamos no Spotify em Café com Bioeconomia.

A edição do dia 5 de julho de 2023 do Café com Bioeconomia reuniu André Badaró (Gerente de desenvolvimento de mercado da Klabin), José Alexandre Simão (Pesquisador líder de projetos de inovação da UNIPAC) e Stelvio Mazza (CEO da Já Fui Mandioca!). O encontro, que acontece quinzenalmente, foi mediado por Manoel Lisboa Neto (Diretor da Plasticxperience).

Manoel abordou a competitividade brasileira em relação a outros países, além dos principais trade-offs entre uso de materiais biodegradáveis e renováveis e a disponibilidade de recursos naturais para a produção de embalagens em grande escala. Ele lembrou ainda que, há cerca de 20 anos, o Brasil não tinha agenda de sustentabilidade tão forte e indagou se o cenário atual possui a capacidade de fomentar a bioeconomia.

Para André, o que impulsiona a bioeconomia é o mercado e, nesse sentido, é necessário haver mais conscientização da população para que os valores dos produtos, que muitas vezes não são competitivos com os de origem fóssil, possuam maior aceitação. Para ele, é papel da indústria otimizar os processos para melhorar desempenho e reduzir custos, mas o governo pode auxiliar na sensibilização da população quanto aos impactos ambientais daquilo que consome. André comentou também que a Klabin vem estudando o uso de nanotecnologia para aprimorar propriedades de barreira do papel.

José Alexandre acredita ser necessário migrar do modelo de economia linear para circular. Ele destacou a grande complexidade social existente no Brasil, que configura um obstáculo para impulsionar o mercado, e citou o uso de ferramentas de análise de ciclo de vida como indicador do desempenho ambiental dos produtos. José falou ainda sobre como o conceito de biorrefinarias chegou para romper com o receio de competição com alimentos a partir do aproveitamento integral da biomassa.

Stelvio, por sua vez, abordou a dificuldade da Já Fui Mandioca em competir com o mercado de plásticos, devido aos desafios adicionais inerentes ao uso de materiais naturais e ao fato de não haver ainda ecossistemas desenvolvidos para os produtos. Ele acredita que o Brasil está atrasado tanto no uso de matérias-primas quanto na etapa de transformação de embalagens renováveis, pois o país possui dificuldades em seu ambiente de negócios, o que gera empecilhos também à inovação.

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14/07/2023 | 0 comentários
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Publicado por Portal de Bioeconomia
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