A edição do dia 29 de maio de 2024 do Café com Bioeconomia reuniu Adriana Melo Alves (Secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR), Erika da Costa Bezerra (Diretora de Inovação da Amapatec) e José Cláudio Balducci (Diretor da Amazonly). O encontro, que acontece a cada três semanas, foi mediado por Cleide Miranda (Assessora de Negócios do SENAI do Amapá).
Ao início da discussão, Cleide indagou aos convidados quais os principais desafios tecnológicos enfrentados pelos estados da Amazônia frente à industrialização sustentável. Além disso, também foram abordadas questões, como, por exemplo, o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação da biodiversidade, os desafios da infraestrutura logística, a atuação do poder público e privado, bem como o papel da tecnologia no impulsionamento da região.
Para Erika, a capacitação de pessoas é um gargalo proeminente na industrialização sustentável da Amazônia e a união de esforços com a comunidade tradicional é essencial para a ascensão dessa frente. Ainda, ela mencionou que muitas startups já vêm trabalhando na geração de valor de produtos amazônicos, como o Açaí, sendo possível produzir insumos de qualidade e com rastreabilidade. Em sua perspectiva, a transferência de conhecimento entre a comunidade científica e local e a implementação de abordagens que aumentem a atratividade do estado são práticas fundamentais para o sucesso do desenvolvimento da região amazônica.
Com relação à Adriana, ela mencionou que a ocupação tardia da Amazônia dificultou o avanço industrial da região, assim como o sistema logístico, trazendo obstáculos nas conexões inter-regionais. Em termos de cooperação, ela colocou que os setores público e privado precisam promover parcerias que fomentem o progresso da industrialização sustentável da Amazônia. Ainda, de acordo com sua visão, essa iniciativa deve ser estruturada com o auxílio das comunidades locais, sendo possível traçar estratégias que visem a conservação da região.
Finalmente, para José, o potencial da Amazônia é inquestionável, pois existem muitas cadeias de valor como, por exemplo, a do açaí e da castanha, entretanto, as mesmas ainda são pouco exploradas. A respeito do avanço da industrialização, ele reforçou a importância das parcerias público-privadas e evidenciou que a repartição de benefícios é um forte impulsionador na permanência dos atores nesse campo. Segundo ele, as tecnologias podem ser utilizadas com o intuito de capacitar as comunidades locais, fornecendo acesso à internet e à educação de qualidade. Enfim, para ele, o mapeamento das rotas de embarcações poderia simplificar os desafios logísticos existentes.
O Café com Bioeconomia é um evento on-line e interativo, no qual palestrantes e público discutem temas relevantes para a área. Quer receber nossa agenda e participar? Inscreva-se em: https://portaldebioeconomia.com/